Vestibular – Literatura – Modernismo – Questões 121 a 140
121. (FEI-SP) Trata-se do último livro publicado por Clarice Lispector, em vida, em 1977. A personagem protagonista é Macabéa, que acumula em seu corpo franzino todas as formas de repressão cultural, o que a deixa alheada de si e da sociedade.
As afirmações acima referem-se à obra:
- A hora da estrela.
- Perto do coração selvagem.
- A mação no escuro.
- A paixão segundo G.H.
- Laços de famÃlia.
122. (UEL-PR) No poema Morte e vida severina, podem-se reconhecer as seguintes caracterÃsticas da poesia de João Cabral de Melo Neto:
- sátira aos coronéis do Nordeste e versos inflamados.
- experimentalismo concretista e temática urbana.
- memorialismo nostálgico e estilo oral.
- personagens da seca e linguagem disciplinada.
- descrição da paisagem e intenso subjetivismo.
123. (ITA-SP) Assinale a proposição incorreta:
- Monteiro Lobato faz retratos pitorescos, fortes e irônicos do homem do campo.
- Mário de Andrade não foi além dos limites paulistanos.
- Oswald de Andrade, poeta e prosador, quis destruir para construir.
- VinÃcius de Moraes escreveu desde o soneto camoniano até letras de sabor popular.
- Clarice Lispector vai além do regionalismo, além do realismo do mundo fÃsico.
124. (Unitau-SP) Nesse poeta se reconhece grande apuro formal; é o autor de “A educação pela pedra”, “Uma faca só lâmina”, “Morte e vida severina”. É seu o poema “Tecendo a manhã”.
Trata-se de:
- VinÃcius de Moraes.
- João Cabral de Melo Neto.
- Cassiano Ricardo.
- Oswald de Andrade.
- Guilherme de Almeida.
125. (F. Carlos Chagas-SP)Â O Concretismo brasileiro caracteriza-se por:
- renovação dos temas, privilegiando a revelação expressionista dos estados psÃquicos do poeta.
- exploração estética do som, da letra impressa, da linha, dos espaços brancos da página.
- preocupação com a correção sintática, desinteresse pela exploração de campos semânticos novos.
- descaso pelos aspectos formais do poema.
- preferência pela linguagem formalmente correta.
126. (FUVEST-SP)
“Clessi (choramingando) – O olhar daquele homem despe a gente!
Mãe (com absoluta falta de compostura) – Você exagera, Scarlett!
Clessi – Rett é indigno de entrar numa casa de famÃlia!
Mãe (cruzando as pernas; incrÃvel falta de modos) – Em compensação, Ashley é espiritual demais. Demais! Assim também não gosto.
Clessi (chorando despeitada) – Ashley pediu a mão de Melânie! Vai-se casar com Melânie!
Mãe (saliente) – Se eu fosse você preferia Rett.
(Noutro tom) Cem vezes melhor que outro!
Clessi (chorosa) – Eu não acho!
Mãe (sensual e descritiva) – Mas é, minha filha! Você viu como ele é forte? Assim! forte mesmo!”
No trecho acima, as personagens de Vestido de noiva subitamente se põem a recitar diálogos do filme E o vento levou. No contexto dessa obra de Nélson Rodrigues, esse recurso de composição configura-se como:
- crÃtica à internacionalização da cultura, reivindicando o privilégio dos temas nacionais.
- sátira do melodrama, o que dá dimensão autocrÃtica à peça.
- sátira do cinema, indicando a superioridade estética do teatro.
- intertextualidade, visando indicar o caráter universal das paixões humanas.
- metalinguagem, visando revelar o caráter ficcional da construção dramática.
127. (UNAERP-SP)Â Leia o fragmento:
“O preço do feijão
não cabe no poema. O preço do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão”
A sua é uma poesia de protesto, principalmente em “Poema sujo”. Participou da fase concretista. ExÃmio jornalista, privilegia o social.
Falamos de:
- Carlos Nejar.
- João Cabral de Melo Neto.
- Moacyr Scliar.
- Gonçalves Dias.
- Ferreira Gullar.
128. (PUC-PR)Â A poesia concreta do Brasil caracteriza-se por:
- dar continuidade à corrente intimista e estetizante dos anos 40.
- descaso pelos aspectos formais do poema e preferência pela linguagem correta.
- preocupação com a correção sintática, pela renovação dos temas relacionados com os estados psÃquicos do poeta.
- rigidez no nÃvel prosódico e pela impassibilidade diante dos problemas nacionais.
- visar a atingir e a explorar as camadas materiais do significante (som, letra impressa, linhas, superfÃcie da folha).
129. (MACK-SP) Quando Caetano Veloso diz em Sampa: “da feia fumaça que sobe apagando as estrelas, eu vejo surgir seus poetas de campos e espaços”, refere-se a um grupo no qual se incluem Décio Pignatari, Haroldo de Campos e Augusto de Campos.
Sua proposta é, basicamente, usar todos os recursos de que a palavra dispõe, com os termos adquirindo validade não só pelo significado, como também pelos aspectos visuais.
Tal tendência é conhecida como:
- Poesia Futurista.
- Poesia-práxis.
- Poema/Processo.
- Metapoema.
- Poesia Concreta.
130. (PUC-PR)
“de sol a sol
soldado
de sal a sal
salgado
de sova a sova
sovado
de suco a suco
sugado
de sono a sono sonado
sangrado
de sangue a sangue.”
O poema concretista, acima transcrito, apresenta as seguintes inovações no campo verbal e visual:
- abolição do verso tradicional; desintegração do sistema em seus morfemas; a palavra dá lugar ao sÃmbolo gráfico.
- apresentação de um ideograma; uso de estrangeirismos; esfacelamento da linguagem.
- ausência de sinais de pontuação; uso intensivo de certos fonemas; jogos sonoros e uso de justaposição.
- uso construtivo dos espaços brancos; neologismo; separação dos sufixos e dos prefixos; uso de versos alexandrinos.
- apresentação de trocadilhos; usos de termos plurilingüÃsticos; desintegração da palavra e emprego de sÃmbolos gráficos.
131. (F.M. Santa Casa-SP) Movimento poético surgido na década de 1950, revela-se um fruto legÃtimo da civilização audiovisual, onde à noção de poesia se incorpora, fundamentalmente, o elemento visual. É o:
- Verde-amarelismo.
- Grupo da Anta.
- Grupo Marajás.
- Concretismo.
- Pau-brasil.
132. (UnB)Â Releia o poema “Beba coca-cola”.
Marque a opção que caracteriza convenientemente o poema de Décio Pignatari:
- Há apelo visual e verbal, ruptura da sintaxe e pode ser lido na horizontal e na vertical.
- Os espaços brancos são irrelevantes na estruturado poema.
- Há desagregação dos sintagmas dos morfemas.
- Não há traços de exploração das semelhanças sonoras.
133. (ITA-SP) Assinale a proposição incorreta:
- O Concretismo fez do espaço um elemento expressivo.
- No Modernismo havia ingrediente nacionalista.
- No Realismo não há preocupação com o social.
- O Romantismo se caracteriza pelo desejo de libertação.
- O Barroco tem exagerada preocupação formal.
134. (Unitau-SP) Segundo o poeta Mário Chamie, determinado movimento poético opõe à “palavra-coisa do concretismo a palavra-energia; não considera o poema como um objeto estático e fechado e sim como um produto dinâmico, passÃvel de transformação pela influência ou manipulação do leitor: . Trata-se de uma referência ao (à )
- Hermetismo.
- DadaÃsmo.
- Cubismo.
- Poesia-práxis.
- Simbolismo.
135. (F.M. Santa Casa-SP)Â Obras de Dalton Trevisan, Rubem Fonseca, Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles atestam o fato de que:
- a linguagem (desagregadora) e a visão de mundo (reivindicatória, anárquica) dos modernistas de primeira geração constituem a fonte primeira de inspiração dos contistas contemporâneos.
- a poesia de caráter social e reivindicatória tem caracterizado a criação literária dos autores modernos.
- estilos muito semelhantes, com traços de Neo-Romantismo, dominam a criação literária contemporânea.
- o conto, de tendências diversas (de denúncia social, intimista, de especulação da existência), tem sido uma constante da produção literária contemporânea.
- romances politicamente comprometidos, neonaturalistas, de denúncia das mazelas da sociedade, constituem o aspecto mais importante da literatura da geração de 30.
136. (ESPM-SP) A ficção engloba romance, novela e conto. Incidentalmente, a crônica. Existem, decerto, escritores que passam de um gênero a outro com os melhores resultados. Entre os autores abaixo, qual deles é predominantemente contista?
- Antonio Callado.
- Fernando Sabino.
- Dalton Trevisan.
- Antônio Torres.
- Lya Luft.
137. (PUC-PR) Dalton Trevisan, escritor avesso a entrevistas e fotografias, expõe os vÃcios universais dos seres humanos, há mais de 30 anos, em seus contos ambientados no cenário curitibano.
Destacam-se em suas narrativas:
- o tema de vampirização, o pessimismo, a linguagem carregada de termos eruditos e a forma lÃrica.
- a linguagem derramada e analógica, a forma preciosa e repleta de virtuosismos, os neologismos e o tema do vampiro.
- a linguagem apurada, a forma obsessiva, a busca da sÃntese e os temas entre o grotesco e o patético.
- a forma lÃrica, a linguagem econômica, temas romantizados do cotidiano.
138. (UnijuÃ-RS) O conto constitui atualmente um gênero em que se reúnem fantasia, alegria, introspecção, sátira, ironia, humor e, mais recentemente, polÃtica e erotismo. Essa plasticidade se revelou na escritura de grandes nomes de contistas contemporâneos, tais como Lygia Fagundes Telles, Dalton Trevisan e Rubem Fonseca. São obras suas, pela ordem:
- Feliz ano-novo, Ciranda de pedra e As meninas.
- Maça no escuro, ExÃlio e A mulher que matou os peixes.
- A paixão segundo G.H., A polaquinha e Feliz ano velho.
- A república dos sonhos, Maçã no escuro e Laços de famÃlia.
- Seminário dos ratos. O vampiro de Curitiba e O cobrador.
139. (UnijuÃ-RS)
“Ser testemunha de seu tempo, testemunha e participante.” Essa é a expressão tomada emprestada de Maiakovsky que serve como resposta dada por Lygia Fagundes Telles quando questionada sobre a função do escritor. Suas personagens situam-se num espaço essencialmente urbano e conduzem enredos que encerram a problemática do homem moderno. Dos vários livros que publicou, três são romances. São eles:
- Seminário dos ratos; Madame Bovary; Galvez, o imperador do Acre.
- As três mulheres; Laços de famÃlia, O 35o ano de Inês.
- A força do destino; A casa da paixão; A república dos sonhos.
- Ciranda de pedra; Verão no aquário; As meninas.
140. (UnijuÃ-RS – adaptada) Zero é um romance que marca a literatura dos anos 70. Embora tenha sido concluÃdo em 1969, só foi publicado no Brasil em 1975, após lançamento na Itália, no ano anterior. Aqui, no Brasil, logo que foi lançado, foi retirado de circulação pela censura. Somente em 1979, conseguiu finalmente a liberação. Zero é um texto de respeitável valor criativo, especialmente por colocar seus desvios formais a serviço de um processo de revelação do real.
Seu autor é:
- DeonÃsio da Silva.
- José Clemente Pozenatto.
- Charles Kieffer.
- João Antônio.
- Ignácio de Loyola Brandão.
Modernismo – Gabarito – Questões 121 a 140
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